Durante sua estadia em Taiwan, a convite do governo local, a CEO do Diplomacia Business, Elna Souza, participou de um encontro com Chern-Chyi Chen, vice-ministro da Economia.
Um dos principais temas abordados foi a relação de Taiwan com outros países no âmbito comercial e econômico, e a influência da China sobre essas relações. O ministro explicou a dificuldade, em especial, de estabelecer relações com países do continente africano. Atualmente, apenas 14 países reconhece Taiwan como estado independente, Na África, é o pequeno Essuatíni.
Por conta da pressão chinesa, muitas nações africanas romperam relações com Taiwan. No âmbito de trocas comerciais, Chern-Chyi Chen reforçou que Taiwan possui relações excelentes com muitos países da União Europeia. Mesmo assim, alguns deles precisam superar diferenças políticas para fortalecer os laços com Taiwan, que espera com paciência.
Apesar do clima de animosidade com a China, “acreditamos que todas as partes envolvidas querem manter a paz”, reforça o vice-ministro da Economia. Ele lembra que a China é o maior mercado para a economia taiwanesa – em 2020 o comércio foi de 166 bilhões de dólares. Além disso, em 2019, antes da pandemia, a ilha recebeu 2,68 milhões de turistas da China continental.
Um dos pilares das relações econômicas e diplomáticas de Taiwan é a indústria dos semicondutores. O país é um dos líderes mundiais na produção de tecnologias de informação e comunicação. A ilha produz 65% dos semicondutores do planeta, ultrapassando os 90% quando falamos dos microchips mais avançados. Por causa disso, fala-se no Silicon Shield, o “escudo de silício” que poderia proteger a Taiwan de ataques do país vizinho. O vice-ministro da Economia lembra que esta é uma indústria globalizada, sendo a própria China um dos grandes utilizadores dos semicondutores, bem como os EUA. Ou seja, esse “Silicon Shield é para toda a humanidade”.