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O embaixador do Brasil no Chile, Paulo Pacheco, participa do Fórum Internacional da Rota Bioceânica, que está sendo realizado em Antofagasta, litoral chileno do Pacífico desde o dia 23 de novembro.
“Fiquei muito satisfeito e considerado de grande importância a iniciativa dos prefeitos de Mato Grosso do Sul que chegaram ao Chile percorrendo os mais de 1.800 quilômetros do Corredor Bioceânico, nos trazendo e relatando a experiência do trajeto”, disse o embaixador. Ele citou que as obras de infraestrutura estão avançando, “porém existem questões de natureza burocrática e aduaneiras, que precisam ser superadas em encontros como este fórum”.
O movimento iniciado há mais de 25 anos defende a implantação de um corredor rodoviário que unisse os portos do Atlântico e do Pacífico, passando por Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. Conforme explica o embaixador Paulo Pacheco, “O corredor é um projeto estratégico, vai permitir uma saída mais rápida, eficiente e econômica dos nossos produtos para os centros mais dinâmicos do mercado mundial, em especial o asiático”.
Exercício complexo
Na ata da 9ª região do grupo de trabalho, os representantes dos quatro países destacaram a necessidade de se definir a unificação dos organismos alfandegários, com o Chile apresentando um plano-piloto relativo ao termo de referência para veículos de transporte de cargas baseado na figura do Operador Econômico Autorizado (OEA). A discussão vai envolver o setor de infraestrutura para apontar as condicionantes para se promover as adequações.
Para o embaixador do Brasil um dos signatários da ata, os acordos bilaterais para a integração entre as aduanas estão progredindo e vão permitir que o corredor cumpra seu destino e seja um instrumento de integração comercial e dos povos. “É um desafio por envolver distintas legislações, um exercício bastante complexo, contudo, estamos otimistas de que vamos lograr êxitos para permitir fluidez aos bens, serviços e pessoas”, disse.
Pacheco também está confiante na abertura da rota para as exportações do Brasil ao mercado asiático a partir de janeiro de 2025, data de conclusão da ponte internacional sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta (Paraguai), e do último trecho (222 km) em pavimentação da rodovia no Chaco Paraguaio (Mariscal Estigarribia a Pozo Hondo, na Argentina). “Seguramente, vamos inaugurar a Bioceânica em 2025”, sustentou.
A garantia do embaixador brasileiro se baseia no avanço das obras em território paraguaio – incluindo a duplicação da ponte de concreto sobre o Rio Pilcomaya, na fronteira com a Argentina, já licitada – e na palavra sustentada pelo diretor-geral de Comércio Exterior do país vizinho a Mato Grosso do Sul, Roberto Pauly, presente ao fórum, de que é compromisso de governo finalizar todos os projetos estruturantes no eixo bioceânico até final de 2024.
* Com informações de Governo do Mato Grosso do Sul.