Em Brasília, o encarregado de negócios da Embaixada da Bolívia no Brasil, Horácio Villegas, celebrou o Dia do Estado Plurinacional da Bolívia no sábado (21) junto à colegas diplomatas, imprensa, líderes sindicais e comunitários, além de amigos da Bolívia.
Também estiveram presentes, Leandro Grass, Presidente do Iphan; Irene Rondon, Encarregada de Negócios da embaixada da Venezuela; Melne Martínez Conselheiro, Vice-chefe da embaixada de Cuba e a deputada Érika Kokay que discursaram no evento.
Recém nomeado como presidente Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, acredita que com o novo governo as relações entre as nações amigas da América do Sul serão reestabelecidas. “Agora, essas relações irão além da amizade. Serão consolidadas em cooperação, realização de projetos e principalmente para o conhecimento dos povos, das tradições e culturas que foram atacadas pelo próprio governo nos últimos anos”, completou Grass.
Irene Rondon, Encarregada de Negócios da Embaixada da Venezuela no Brasil reforçou em breves palavras a força e resiliências dos bolivianos em lutar pelo certo e contra qualquer tipo de opressão. Encerrou dizendo que “quando se tem força e dignidade para representar seu país, tudo é possível”.
O vice-chefe e conselheiro da embaixada de Cuba no Brasil, Melne Martínez Conselheiro, ao discursar, também elogiou a perseverança do povo boliviano, principalmente dos povos originários. Martínez vê na Bolívia um exemplo a ser seguido por outras nações da América do Sul em prol do seu povo e contra regimes opressores.
“Ao longo dos últimos 500 anos, nossos amigos bolivianos tem lutado arduamente contra o fascismo e o autoritarismo, e por isso hoje estamos aqui celebrando a reconquista dos povos originários deste país amigo”, finalizou o diplomata cubano.
Horácio Villegas, encarregado de negócios da Embaixada da Bolívia no Brasil, iniciou seu discurso dizendo que o dia do Estado Plurinacional representa “uma síntese da resistência e do povo boliviano e dos povos indígenas”.
Villegas explicou que esta data representa um marco histórico para seu povo, tendo em vista que desde a instauração do Estado Plurinacional, as populações indígenas do país passaram a ser devidamente reconhecidas e incluídas em todos os níveis do poder estatal. “Os povos indígenas que antes não podiam participar de nada, nem votar, agora começam a participar das decisões do Estado por meio de uma política nacionalista, gerando uma América Latina muito mais forte”, completou Villegas.
O encarregado de negócios da Bolívia falou que, desde a colonização da Bolívia pelos espanhóis, os povos originários tem sido negligenciados e suas culturas e tradições esquecidas. Ele aproveitou a oportunidade para destacar o ex-presidente, Evo Morales, primeiro indígena eleito democraticamente. Em seu mandato, Morales aumentou o crescimento econômico, reduziu a pobreza e desigualdade de renda, iniciou o processo de adesão ao Mercosul, entre outros.
Sobre a data
No dia 22 de janeiro, a Bolívia comemora o Dia do Estado Plurinacional para marcar a consolidação do nascimento da Revolução Democrática e Cultural do país, um movimento instituído pelo governo central.
Devido a uma mudança oficial no nome do território em 2010, o país passou a ser chamado de Estado Plurinacional da Bolívia, alteração apoiada e incluída na Constituição de 2009 para reconhecer as muitas etnias que englobam a população boliviana. A carta magma promoveu maior autonomia aos povos originários, resultando em mudanças significativas na política estrutural da Bolívia.
Deixe seu comentário