O subsecretário-geral para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, chegou à Ucrânia nesta segunda-feira para uma missão de quatro dias. Ele vai se reunir com funcionários do governo, parceiros humanitários e pessoas afetadas pela guerra.
O representante estará acompanhado da chefe da ONU na Ucrânia, Denise Brown. Juntos, eles vão avaliar o impacto da resposta humanitária e os novos desafios que surgiram à medida que os danos à infraestrutura aumentam em meio às temperaturas congelantes do inverno.

Ajuda humanitária
Em Mykolaiv, no sul da Ucrânia, o chefe humanitário visitará um local que abriga deslocados internos e uma padaria apoiada pela ONU que produz pão para a população da cidade de Kherson, na linha de frente.
De lá, ele seguirá para Kherson, e para locais estabelecidos pelas Nações Unidas e autoridades locais para aquecer e proteger a população que enfrenta falta de aquecimento, eletricidade e água em suas casas.
Griffiths passará a etapa final de sua viagem na capital Kyiv, onde se reunirá com altos funcionários do governo, representantes de ONGs e da comunidade diplomática.
Mais de nove meses desde o início da guerra na Ucrânia, quase 18 milhões de pessoas, cerca de 40% da população do país, precisam de ajuda humanitária. Ondas recentes de ataques à infraestrutura de energia estão deixando milhões de pessoas sem aquecimento, água potável ou eletricidade em suas casas, durante um inverno congelante.

Direitos Humanos
Na semana passada, o alto comissário de Direitos Humanos da ONU encerrou sua visita à Ucrânia. Volker Turk se disse preocupado com a chegada de um “inverno longo e sombrio” no país e destacou o impacto arrasador da guerra nos direitos humanos.
Ele alertou que cerca de 17,7 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária e 9,3 milhões de assistência alimentar e subsistência. Um terço da população foi forçado a fugir de suas casas. Cerca de 7,89 milhões deixaram a Ucrânia, a maioria mulheres e crianças, e 6,5 milhões de pessoas estão deslocadas internamente.

Números da guerra
Também na última semana, a situação humanitária na Ucrânia foi tema de uma sessão no Conselho de Segurança.
Martin Griffiths informou que mais de 14 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas por causa do conflito. Deste total, pelo menos 6,5 milhões se tornaram deslocadas internas e 7,8 milhões fugiram para outros países da Europa.
Desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia, em 24 de fevereiro, foram 17.181 vítimas civis, com 6.702 mortos, mas o número real pode ser ainda mais alto.
Deixe seu comentário