Getting your Trinity Audio player ready...
|
Em 1819, três anos antes da independência do Brasil, cerca de 2 mil suíços chegaram a Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. Na quinta-feira, 7, a embaixada da Suíça em Brasília comemorou a data nacional do país, lembrando os imigrantes e a história dos suíços no Brasil. Foi uma oportunidade também para celebrar o bicentenário de independência do Brasil.
A exposição “Brasil + Suíça: 200 anos juntos” foi inaugurada nos jardins da embaixada da Suíça. Embaixadores, representantes do corpo diplomático, parlamentares e demais convidados percorreram 150 metros da mostra, observando as biografias e atividades de suíços e suíços-brasileiros em áreas como ciência, arte e cultura, economia e educação. A exposição apresentou exemplos da forte cooperação entre os dois países.
“2022 é um ano de de datas importantes no Brasil. Em 7 de setembro, o país celebrará 200 anos de independência; nos dias 2 e 30 de outubro, acontecerão as eleições, mas com certeza a data mais significativa será dia 28 de novembro, a data de partida Suíça-Brasil na copa do mundo de futebol”, brincou o embaixador Pietro Lazzeri, ao iniciar seu discurso.
Parceria – O embaixador explicou que a data nacional suíça celebra o pacto de 1291, o ato fundador da congregação suíça. “Somos um país de longa história e tradição e, ao mesmo tempo, somos uma nação moderna e dinâmica”, disse. Na sua avaliação, as relações bilaterais entre a Suíça e o Brasil “são profundas e intensas”. Disse que o Brasil é o principal parceiro econômico da Suíça na América Latina; e que a cooperação entre os dois países nas áreas de pesquisa, educação e inovação é intensa e o intercâmbio cultural muito positivo.
O embaixador Pietro Lazzeri assumiu o cargo no ano passado e já visitou 10 estados da Federação, visitas onde percebeu forte engajamento dos suíços em vários setores. “A presença da comunidade suíça no Brasil é histórica. Vocês podem conhecer a cronologia dos principais acontecimentos marcantes das nossas relações, na exposição aqui no jardim”, afirmou. Lembrou que apenas três anos separam a chegada dos imigrantes suíços no país, em 1819, até a data da independência do Brasil.
Segundo o embaixador Pietro Lazzeri, a exposição “Brasil + Suíça: 200 anos” também celebra o bicentenário da independência do Brasil e as relações bilaterais. “É em homenagem ao país que apoiou milhares de suíços e com o qual estabelecemos fortes laços de amizade e cooperação. Nessa exposição, apresentamos exemplos icônicos de personalidades e entidades suíças que ilustram o espírito resiliente e criativo e inovador. Essas pessoas contribuíram para a formação da sociedade brasileira”, afirmou.
Banda Curumins – Algumas personalidades destacadas na exposição estiveram presentes na festa de comemoração à data nacional da Suíça, como o cientista e agricultor Ernst Götsch, pai da agricultura sintrópica, e o casal Adriana e Alberto Eisenhardt, fundadores da Associação Casa dos Curumins, que desenvolvem projetos sociais no distrito de Pedreira na grande São Paulo. A Banda dos Curumins, do projeto Casa dos Curumins, animou o evento. Em seu repertório estão releituras de clássicos brasileiros e canções autorais. O grupo em breve participará do Festival de Jazz de Lugano.