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A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) promoveu uma missão de quatro dias em Havana, capital de Cuba, para reativar o comércio entre as duas nações. A ideia é ampliar os negócios com Cuba, que está promovendo a abertura de sua economia, seguindo a determinação do presidente Miguel Diaz-Canel.
“Temos a oportunidade de retomar nossas relações comerciais, depois que o governo brasileiro anterior deixou de lado Cuba”, afirma o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana. “Não faz sentido o Brasil virar de costas para os países da América Central e Caribe, incluindo Cuba, como fizemos nos últimos quatro anos, já que somos o quarto maior fornecedor da ilha, ocupando 8,5% de mercado, atrás da Espanha (24%), China (12,1%), e os EUA, com 10,9% nas importações do país”, aponta. “No ano passado, o volume exportado pelo Brasil foi pouco maior do que a metade do que exportamos em 2012”, reforça.
Na viagem, Viana e outros dirigentes da agência, bem como empresários brasileiros, terão reuniões com autoridades do Ministério do Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro em Cuba, do Ministério de Energia e Minas, e da Biocubafarma, responsável pela produção de medicamentos biotecnológicos e farmacêuticos. Há expectativa também da criação de uma linha comercial de empresa aérea ligando São Paulo a Havana. Representantes de companhias nacionais de transporte aéreo também participam da missão.
Com população de 11,3 milhões de pessoas e PIB de US$ 24,3 bilhões, o comércio bilateral do Brasil com Cuba é de US$ 293 milhões, mas há possibilidade de ampliar essa participação. Os setores com maiores oportunidades de negócios para as exportações brasileiras para Cuba são a indústria de alimentos, a produção agropecuária, e os setores de máquinas e equipamentos de transporte e produtos químicos.
Jorge Viana acredita que há um enorme potencial para compra e venda de produtos e serviços dos dois países. “Temos todas as condições de promover uma relação de ganha-ganha para os dois países, fornecendo tecnologia de ponta para a produção de alimentos e biocombustíveis, além de energia solar, bem como a produção de fármacos e vacinas”, avalia. “Brasil e Cuba querem fortalecer os laços comerciais e diplomáticos e estabelecer uma parceria comercial que garanta segurança e promova o desenvolvimento das duas nações”, conclui Viana.
*As informações são da Apex Brasil.